Aline Delfiol

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Como me preparar para uma audiência de família?

Enfrentar um processo judicial na área de família com disputas envolvendo filhos e ex-cônjuge pode ser um momento difícil. As audiências, seja de conciliação ou de instrução, são etapa crucial nesse processo, em que questões importantes serão levantadas pelas partes (algumas vezes misturando aspectos emocionais). Neste artigo, você encontrará orientações valiosas sobre como se preparar adequadamente para a audiência, garantindo que seus interesses sejam protegidos.

Primeiro de tudo: tenha uma advogada especializada na matéria. Não procure o mais barato ou quem vai fazer “um favor”. O “barato” pode (e vai) sair muito caro. Não são raros os casos que atendemos no escritório de pessoas relatando sua indignação com a assessoria que tiveram ao contratar alguém que não era especialista. A área de família guarda inúmeras peculiaridades (tanto na lei quanto nos procedimentos) que, caso desconhecidos pelo profissional, acarretarão em prejuízos. Por isso, escolha bem quem irá te representar.

Segundo: entenda qual é o objetivo daquela audiência. É tentar um acordo? Ou é para o juiz ouvir as partes? Haverá testemunhas? A criança/adolescente vai participar de algum modo? Isso porque, caso o objetivo seja um acordo, o ideal é ter pelo menos três propostas já em mente. Se o objetivo for a oitiva de testemunhas, por exemplo, essa oitiva precisa ser objetiva: o que se pretende provar com a fala daquelas pessoas?

Terceiro: tire suas dúvidas com a advogada antes da audiência, ouça atentamente as orientações e, por óbvio, siga as recomendações dadas pelo profissional. Algo que sempre converso com minhas clientes antes da audiência: não adianta trazer coisas do passado ou do relacionamento que não tenham correspondência no processo. Não são raros os casos em que o ex-casal busca discutir, por exemplo, infidelidade em uma audiência de conciliação de alimentos. Veja, o objetivo naquela formalidade é tentar um acordo nos valores e formas de pagamento da pensão. Fugir do objetivo principal é pedir por um desgaste pessoal.

Por último e não menos importante: o autocuidado. A audiência pode ser estressante e sim, a outra parte pode tentar usar a solenidade para atacar o outro. Por isso é importante o discernimento, a calma, saber entender que aquele não é o momento para discussões que não sejam aquelas inerentes ao processo ou à audiência. Busque um apoio emocional, e de preferência um profissional psicólogo para ajudar a controlar a ansiedade, fazer o tratamento terapêutico inerente ao luto do fim daquela relação ou do que se disputa judicialmente. O término é uma forma de luto. O luto não ocorre apenas quando alguém morre, por exemplo. Para entender melhor sobre o luto indico esse vídeo de uma animação com uma girafa sobre as fases do luto.

Conclusão: Preparar-se adequadamente para a audiência de família é fundamental para proteger seus interesses e buscar a melhor solução para você e seus filhos. Ao entender o processo, contar com o suporte de uma advogada especializada, organizar a documentação e cuidar de si mesma faz com que essa solenidade se torne mais tranquila. Cada caso é único e possui peculiaridades específicas.

No final, lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada. Busque apoio de amigos, familiares e profissionais especializados em ajudar pessoas que passam por situações como a sua. Cuidar de si mesma emocionalmente é fundamental para enfrentar os desafios e tomar decisões informadas. Não deixe de lado o aspecto financeiro. Se prepare caso decida divorciar. Quer saber mais sobre finanças e divórcio? Então leia esse artigo.

Em suma, ao se preparar adequadamente para a audiência de família, você estará tomando medidas importantes para proteger seus interesses e buscar um resultado justo. Lembre-se de que o apoio de um advogado especializado é essencial durante todo o processo. Mantenha-se confiante, resiliente e busque o suporte necessário para enfrentar essa fase e alcançar uma resolução positiva para você e seus filhos.

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Nota: Este artigo tem fins informativos e não substitui o aconselhamento jurídico profissional. Consulte sempre um advogado especializado em Direito de Família para obter orientação personalizada.

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Aline Delfiol

Advogada, especialista nas áreas de Direito de Família, Sucessões e Consumidor.

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