Aline Delfiol

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Festas de fim de ano, férias e guarda compartilhada: como fica a convivência dos filhos com os pais separados?

Natal e ano novo somados ao período de férias são momentos especiais para a família. Porém, sabemos que quando os pais são separados, a questão da guarda compartilhada e a convivência dos filhos torna-se ainda mais desafiadora. Neste artigo, vamos explorar a importância de regularizar a guarda compartilhada e a convivência principalmente no fim de ano, além de abordar as dificuldades enfrentadas quando não há uma regulamentação adequada.

A Necessidade da Guarda Compartilhada nas Festas e Férias

A guarda compartilhada é o poder-dever que os pais tem sobre os filhos, ou seja, pai e mãe em conjunto devem decidir o que for melhor para os filhos.

Para saber mais sobre guarda compartilhada leia esse artigo.

Decisões essas que vão desde saber se o “Joãozinho do 502” é uma boa amizade, até questões mais complexas, como por exemplo, onde a criança irá estudar. Em que pese ser desafiadora (em alguns casos), a guarda compartilhada é uma opção benéfica para o desenvolvimento emocional das crianças.
Porém, além da guarda é necessário regularizar como será a convivência dos filhos com os pais em lares separados.

A convivência, quando devidamente regularizada, permite que ambos os pais participem ativamente da vida dos filhos, incluindo momentos importantes como Natal, Ano Novo e as férias.

Importância da Regularização Jurídica

Para evitar conflitos e garantir a estabilidade emocional das crianças, é crucial regularizar a guarda compartilhada.

E como isso pode ser feito? Os pais, em comum acordo, podem estabelecer as regras de convívio com os filhos e pedir a homologação do juiz. Quando não é possível o acordo, o juiz (com base no que consta no processo) decide a forma de convivência dos filhos.

Ao pensar na convivência é interessante não se limitar à convivência livre (ou seja, pegar quando quiser) e nem apenas aos fins de semanas alternados. O ideal é analisar a rotina da família como um todos, desde os compromissos das crianças até o compromisso dos adultos. Em alguns casos é viável e interessante estipular um dia em que a criança irá pernoitar (dormir) na casa do pai ou da mãe, verificar como será a divisão do período de férias, viagens, enfim. Cada caso é um caso e guarda uma peculiaridade que merece ser analisada por um especialista.

A Importância de uma Assessoria Jurídica Especializada

Buscar orientação jurídica especializada na elaboração da convivência é fundamental. Profissionais especializados em direito de família podem ajudar a criar acordos que considerem as necessidades específicas da família, tornando o processo mais harmonioso e menos suscetível a conflitos futuros.

E, nesse sentido, o ideal de fato é buscar alguém especializado. Isso porque, advogados de outras áreas podem não entender a complexidade de um plano parental de convivência e seguir um “modelo” que não se adeque à realidade daquela família, ou seja, ao invés de evitar problemas, a atuação de um profissional que não detenha a expertise necessária pode gerar conflitos.

Por isso busque uma profissional especializada e qualificada para evitar conflitos e contribuir na harmonia familiar mesmo após o divórcio.

Principais Dificuldades sem uma Convivência Regulamentada

Quando a convivência não é regulamentada, diversas dificuldades podem surgir.

A falta de um plano claro pode levar a mal-entendidos, disputas constantes e, o mais prejudicial, impactar negativamente a vida emocional das crianças.

A incerteza sobre onde passarão as festas e férias pode gerar ansiedade e desconforto.

Além disso, a ausência de um acordo formal pode levar a interpretações distintas, criando um ambiente propício para desentendimentos. As crianças podem ficar no meio de disputas entre os pais, prejudicando seu bem-estar.

Para forçar o cumprimento da convivência é possível estabelecer consequências para o descumprimento, como por exemplo, o pagamento de multa.

Ter um plano parental de convívio entre pais e filhos divide as responsabilidades e aumenta a convivência dos filhos com os pais mesmo após a separação. O casamento e o amor entre os cônjuges pode ter acabado (ou se transformado) mas os pais sempre carregarão a responsabilidade e o amor pelos filhos. E é com base nesse amor que a convivência deve ser pensada e estipulada.

Conclusão:

A guarda compartilhada e a convivência regularizada são fundamentais para garantir uma convivência saudável entre pais e filhos, especialmente durante as festas e férias.

A regularização jurídica, com o suporte de uma assessoria especializada, proporciona segurança e clareza, evitando conflitos desnecessários.

Para um Natal e férias sem estresse, considere buscar a orientação de um profissional de direito de família.

Garanta que seus filhos desfrutem plenamente desses momentos especiais, independentemente da dinâmica familiar. Invista na construção de memórias felizes e duradouras.

Nota: Este artigo tem fins informativos e não substitui o aconselhamento jurídico profissional. Consulte sempre uma advogada especializada em Direito de Família para obter orientação personalizada.

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Aline Delfiol

Advogada, especialista nas áreas de Direito de Família, Sucessões e Consumidor.

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