Aline Delfiol

Publicações

Casamento Civil no Brasil: tudo o que você precisa saber sobre o acordo pré-nupcial

Pensando em se casar? Antes de dar o tão esperado “sim”, é fundamental considerar os aspectos legais do casamento. O acordo pré-nupcial pode ser a chave para proteger seus interesses e patrimônio no futuro.

Neste artigo, vamos nos aprofundar em tudo o que você precisa saber sobre o contrato de casamento civil no Brasil. Você terá uma compreensão clara de por que é importante ter um acordo pré-nupcial, o que ele implica e como pode beneficiar ambos os cônjuges. Também exploraremos os requisitos legais e as condições necessárias para que o acordo seja válido.

Por que um pacto antenupcial Importa?

Um pacto antenupcial é um acordo legal que permite aos casais definirem como os bens e responsabilidades serão divididos em caso de divórcio ou separação. Este contrato, regulamentado pelo Código Civil brasileiro e serve como proteção para ambos os nubentes, futuros cônjuges.

Quem Pode se Beneficiar de um pacto antenupcial?

Muitas vezes, quando as pessoas pensam em um pacto antenupcial, elas podem associá-lo apenas a casais ricos ou famosos. No entanto, qualquer casal pode se beneficiar, independentemente de sua situação financeira. Principalmente nos seguintes casos:

1. Proteger bens pré-existentes: Se você possui bens ou propriedades antes do casamento,é possível garantir que esses bens permaneçam sob sua posse em caso de divórcio, bem como (dependendo do regime de bens escolhidos) afastar a divisão dos frutos/produtos na constância da união. Ex.: uma casa anterior ao casamento que é utilizada como uma fonte de renda em razão de locação, em um divórcio na comunhão parcial de bens, a casa em si não é divida uma vez que é anterior ao casamento, porém, os aluguéis serão. Com o pacto antenupcial é possível afastar isso.

2. Definir a divisão de bens e dívidas: Sem o planejamento matrimonial os ativos e passivos serão divididos em caso de separação, dependendo do regime de bens, ainda que a dívida seja de só um. Com o pacto antenupcial isso pode evitar disputas e conflitos futuros.

3. Planejar o futuro financeiro: Isso pode envolver a determinação de pensões alimentícias – caso alguém decida abandonar a carreira para cuidar dos filhos, a divisão de heranças futuras e a proteção de interesses comerciais, principalmente no tocante às empresas

O que pode ser incluído em um pacto antenupcial?

Para que seja válido, ele deve cumprir certos requisitos legais. Esses requisitos são estabelecidos pelo Código Civil e visam garantir que o contrato seja justo e equilibrado para ambas as partes. Abaixo estão alguns dos principais requisitos:

1. Forma escrita: Deve ser escrito e assinado por ambas as partes. A forma escrita é necessária para evitar mal-entendidos e garantir que as cláusulas sejam claras e compreensíveis.

2. Livre manifestação de vontade: Ambas as partes devem manifestar livremente sua vontade de celebrar o contrato. Isso significa que não pode ser resultado de coerção, fraude ou qualquer forma de pressão indevida.

3. Registro em cartório: Deve ser registrado em um cartório de registro civil. O registro em cartório é importante para dar publicidade ao contrato e garantir que ele seja reconhecido legalmente. Sem prejuízo de depois ser levado à junta comercial ou cartório de imóveis.

Para saber mais sobre o pacto antenupcial leia esse artigo.

Mitos sobre o pacto antenupcial e a importância da contratação de uma advogada especializada.

Existem alguns mitos comuns. É importante esclarecer esses equívocos para que os casais possam tomar decisões informadas. Alguns dos mitos comuns incluem:

1. É apenas para casais ricos: Na verdade, qualquer casal pode se beneficiar de um pacto antenupcial, independentemente de sua situação financeira.

2. São ruins para o casamento: Não é um sinal de falta de confiança ou amor no casamento. É simplesmente uma forma de proteger os interesses (e o patrimônio) de ambos os cônjuges.

3. São sempre irrevogáveis: É possível revisá-los e modificá-los ao longo do casamento, desde que ambas as partes concordem.

Ou seja, uma advogada experiente pode orientá-lo durante todo o processo, garantindo que seus interesses sejam protegidos e que o contrato esteja de acordo com as leis brasileiras. Ao escolher uma advogada, certifique-se de procurar alguém com experiência e que seja habilidoso em negociação e resolução de conflitos. Vai casar e quer saber mais sobre planejamento matrimonial? Leia esse artigo.

Nota: Este artigo tem fins informativos e não substitui o aconselhamento jurídico profissional. Consulte sempre uma advogada especializada em Direito de Família para obter orientação personalizada

Se quiser um atendimento especializado entre em contato via email ou pelo whatsapp.

Quer saber mais sobre o tema? Me acompanhe nas redes sociais. InstagramTiktok ou receba nosso conteúdo mensal em seu email.

Compartilhe este conteúdo com seus amigos

Picture of Aline Delfiol

Aline Delfiol

Advogada, especialista nas áreas de Direito de Família, Sucessões e Consumidor.

Pesquisar

Está Gostando? Compartilhe

Mais populares:

Rolar para cima